Coluna da Branca

17/08/2017

Coluna da Branca - Proteção aos Animais

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COLUNA DA BRANCA
COORDENAÇÃO DE ESPORTES


16 de agosto, quarta-feira.

Capítulo 13 - Proteção aos Animais


Boa tarde pessoal.

Semana passada tivemos o prazer de conhecer um pouco sobre o Wilson Fernando Dias e o grupo folclórico Ítalo Brasileiro Santa Felicidade do qual ele faz parte. Hoje vamos conhecer um pouco mais de uma trabalho superespecial que duas de nossas associadas fazem. Eles pediram apenas para que não fossem identificadas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 30 milhões de cachorros e gatos vivem nas ruas do Brasil. Existem diversas causas para o abandono de animais de estimação, entre eles falta de recursos para cuidar do bichinho, fuga dos mesmos, abandono de filhotes que não foram “planejados” ou simplesmente porque os donos não querem mais o animal. Porém, o que aumenta esse índice são os animais que não são castrados, fazendo com que muitas fêmeas fiquem prenhas e deêm a luz na rua.

Espalhados pelo Brasil, existem centenas de ONG'S e trabalhos autônomos que procuram resgatar esses “serumaninhos” da rua, tratá-los e castrá-los para que eles possam ser adotados por uma família carinhosa e cheia de amor para dar. E é nessa perspectiva que essas duas queridas associadas ou Protetoras Animais, trabalham. Confira a entrevista abaixo:

Branca: Vocês resgatam quais tipos de animais das ruas?

Protetoras: Até agora foram apenas cães e gatos.

Branca: Quando vocês começaram com essas ações de resgate?

Protetoras: Em 2011, quando resgatamos uma cadelinha que sofria maus tratos de uma carroceiro. Nós a resgatamos, a vacinamos, castramos e hoje ela vive em um apartamento no Ecoville.

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Branca
: Quando vocês resgatam esses animais da rua? Depois do resgate, o que vocês fazem?

Protetoras
: Nós fazemos os resgates de casos que não podemos deixar de ajudar. Após resgatarmos o animalzinho nós o levamos no veterinário para que ele receba todo o apoio necessário, como vacina, castração, etc, e então o levamos para nossa casa, se possível, procuramos um lar temporário ou pagamos um hotel para que ele fique até que seja adotado. Para que ele seja adotado o levamos até feiras de doações ou anunciamos na internet.

Branca: Como funciona para adotar esse animal que precisa de um novo lar?

Protetoras
: Primeiramente após alguém demonstrar interesse em adotar algum desses animais resgatados, o adotante (quem adotará) passa por um processo de entrevista para que possamos conhecer melhor essa pessoa, saber as condições que ela possui para cuidar do animal, conhecemos a casa, as condições de segurança, onde ele ficará em caso de viajem, etc, e então ele deve assinar um termo de responsabilidade, se comprometendo a cuidar do bichinho devidamente. Após esse processo, o animal é doado com uma coleira de identificação no nome das protetoras e assim ele ficará durante o período de adaptação com o novo dono, podendo o adotante receber visitas sem aviso para que a gente saiba como ele está tratando seu novo companheiro. Após uma aprovação nossa, entregamos uma coleira nova com a identificação do novo dono.

Branca: E já aconteceu desse novo dono desistir da adoção?

Protetoras: Em caso de não adaptação, o animal deve ser devolvido a nós, não podendo ser colocado para adoção novamente sem o nosso acompanhamento.

Branca: Por que vocês decidiram iniciar com esse projeto de proteção?
Protetoras: Nós já tínhamos cachorros adotados e como já não podíamos ter mais, decidimos ajudar de outra forma. Já participamos como voluntárias em ONG'S, em campanhas de adoção, etc.

Branca: Qual é a diferença entre o trabalho de vocês para o que as ONG'S fazem?

Protetoras: As ONG'S possuem uma estrutura maior, conseguem arrecadação de fundos através de patrocínio, eventos de arrecadação, etc. A protetoras independentes são pessoas comuns que utilizam recursos próprios para ajudar os animais resgatados, não possuindo apoio financeiro nenhum, apenas de pessoas que decidem contribuir com o pagamento de algum tratamento do animal.

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Branca: Vocês já passaram pela situação de ter algum animal de estimação perdido?

Protetoras:
Sim, em 2002 perdi uma de meus cachorros, e infelizmente não consegui reencontra-lo. Tivemos um caso em que um dos animais de adotamos foi roubado em um assalto feito na casa do dono. Também não conseguimos recuperar esse animal.

Branca
: Como outras pessoas podem estar ajudando a causa de vocês ou de outras/os protetoras/res?

Protetoras: As pessoas podem ajudar contribuindo com o a quantidade que puder, ou pagando uma vacina ou tratamento. Para queles que não possuem condições de contribuir financeiramente, eles podem estar auxiliando com passeios, banhos ou até mesmo como voluntários em campanhas de adoção.

Branca: Tem alguma coisa que vocês gostariam de deixar aqui, uma dica, ou conselho?

Protetoras: Sim. Antes de adquirirem um animal, seja ele qual for, pensem em todas as necessidades que ele terá como por exemplo, com quem ele ficará em caso de viajem, as vacinas que ele precisa tomar, caso ele precise de tratamento veterinário, fique doente, etc. Você adotou um ser vivo que também tem necessidades, a partir do momento em que você o adota ou até mesmo o compra, você está admitindo responsabilidades para com esse ser, seja consciente ao adotar um bichinho.

Após essa entrevista incrível, pudemos aprender muito sobre como cuidar e o que fazer para evitar que tenha mais um serumaninho perdido na rua. Cuide bem do seu companheiro, seja ele um cachorro, gato, furão ou largatixa, dê sempre muito amor.

Um beijão da Branca, e até quarta-feira que vem.


Isabella C. Pedroso Varela.
Coordenação de Esportes.
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